Uma Campanha para a Prevenção do Suicídio

"Ao contrário do que prega o senso comum, tratar o tema sem julgamentos pode dar chance das pessoas em crise pedirem ajuda, uma vez que o grande desespero que as acomete também pode estar ligado à quebra de vínculo e de confiança com pessoas próximas."

(Marília Mesquita, médica).

Dos casos de suicídio ocorridos nos últimos 45 anos, 90% deles ocorreram com pessoas que possuíam patologias de ordem mental diagnosticáveis e tratáveis. Em primeiro lugar, transtorno de humor e em segundo, abuso de substâncias (licitas ou ilícitas).

Vários atores do ecossistema de saúde apoiam a prevenção do suicídio, que no Brasil ganha cada vez mais força desde a criação do Setembro Amarelo, pelo Centro de Valorização da Vida (CVV). Além do CVV também a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) têm iniciativas que buscam reduzir o número de suicídios no Brasil e no mundo.

A OMS, por exemplo, elaborou o guia de prevenção ao suicídio, para auxiliar no tratamento e prevenção de pacientes de risco. Já a Associação Brasileira de Psiquiatria criou o manual Comportamento Suicida: conhecer para prevenir, também com o intuito de informar e conscientizar sobre o suicídio e sua possível prevenção.

O Shosp participa da campanha #setembroamarelo e para ajudar a informar, nossa médica Marília Mesquita, pós-graduada em psiquiatria, reuniu diversas informações sobre o tema em um artigo que você pode ler na íntegra clicando aqui. Hoje ela traz mais informações em forma de vídeo.




Existem inúmeras iniciativas que desenvolvem trabalhos e projetos estratégicos em saúde mental para capacitar profissionais da saúde, qualificar o campo de pesquisa e fortalecer políticas públicas de saúde. Dentre elas, o grupo de pesquisa e prevenção ao suicídio, PesqueSui, da Fio Cruz, sob coordenação do psiquiatra e psicanalista Carlos Estellita-lins.

É preciso conhecer para prevenir, ou seja, não é possível a prevenção do suicídio sem a informação. Devemos, é claro, ter cuidado para falar de forma correta nas mídias em geral.

"Perder um ente querido é algo que sentimos de qualquer forma, que requer tempo e uma certa fase de luto até reciclarmos e reconfigurarmos tal sentimento. Quando o óbito é por suicídio, então, torna-se uma situação que nos leva ainda mais tempo até absorver. Nós nos surpreendemos quando alguém próximo toma a decisão de subtrair a própria existência em vez de procurar ajuda, eventualmente a nossa, e isso dói. Por isso, vamos divulgar que falar sobre o assunto é a nossa melhor opção."

Marília Mesquita, médica.

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